Descobri ainda há pouco que estão devidamente publicados os Anais do 2º Simpósio Sudeste da Associação Brasileira de História das Religiões: gênero e religião - violência, fundamentalismos e política. Aí consta um texto de minha autoria, versão expandida da comunicação que apresentei neste evento, realizado em novembro de 2015 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no âmbito do GT O Oriente e suas diversidades religiosas. Esse escrito também é um subproduto de minha pesquisa de doutorado, e versa sobre um episódio complexo e violento envolvendo coptas, melquitas e muçulmanos ainda nas primeiras décadas de domínio árabe do Egito.
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Título: Duas conjuras: religião e política em um episódio da vida do Patriarca Agatão de Alexandria (c.670)
Resumo: Na longa tradição de comentários ocidentais sobre o Vale do Nilo, não foram poucos os autores que sublinharam que a história egípcia, especialmente no que refere às técnicas da sobrevivência e às práticas religiosas, parece compor-se por mais continuidades do que rupturas. Estas, entretanto, estão longe de serem inexistentes, principalmente no âmbito da história política. O Egito do último quarto do século VII, por exemplo, era fundamentalmente diverso daquele de cem anos antes quanto a esse aspecto particular. Uma nova variável político-religiosa surgida no cenário por volta do meado desse intervalo – o Islã – havia feito deslizar de maneira sutil, mas significativa a proximidade entre o espaço de experiência e o horizonte de expectativa dos agentes sociais então sediados no Vale do Nilo. A complexa dialética de continuidade e ruptura implicada nesse processo, somada aos atravessamentos que aí se verificam entre história política e religiosa, parecem-me os mais interessantes. Para tratar dele, partirei de um episódio particularmente complexo, descrito em um parágrafo da vita do Patriarca Agatão de Alexandria, cujo pontificado deu-se de 661 a 677.
Formato: online (disponível http://tinyurl.com/juyfcaw)
Investimento: acesso aberto
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