quinta-feira, 26 de julho de 2018

Palestra no Centro Loyola de Fé e Cultura: Mãe e modelo de um novo mundo: Santa Helena


O Centro Loyola de Fé e Cultura da PUC-Rio tem promovido já há certo tempo uma série de palestras sobre o papel das mulheres e do feminino na tradição bíblica e na história cristã. Sob o título de Elas muito amaram, desde março de 2016 foram realizadas uma série de sessões de estudo e discussão sobre as heroínas da Bíblia Hebraica, Maria de Nazaré, Maria Madalena, Catarina de Siena, Teresinha do Menino Jesus, Hildegarda de Bingen, Teresa d'Ávila, Joana d'Arc e Zélia Guérin e seu esposo. Em 14 de agosto próximo, terça-feira, das 14 às 17h, participarei desse interessantíssimo projeto com uma fala sobre Helena Augusta, mãe do imperador Constantino e uma das mais eminentes figuras femininas da Antiguidade Cristã. O encontro é gratuito e irá se conferir certificado de participação, mas as vagas são limitadas por ordem de inscrição em função do espaço disponível. Trata-se de uma aula aberta a todos os interessados, e em função da natureza híbrida do projeto, entre o acadêmico e o religioso, enfatizarei tanto a "Helena histórica" quanto as memórias e tradições hagiográficas a seu respeito, material que a apresentou como modelo de mãe e devota para muitas gerações de cristãos que a veneraram.

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Título: Mãe e modelo de um novo mundo: Santa Helena

Formato: palestra (aula aberta)

Descrição: Neste Ano do Laicato, o projeto Elas muito amaram está apresentando a história de algumas santas leigas, mulheres que mesmo sem seguir a vocação religiosa dedicaram suas vidas à Igreja. O próximo encontro será sobre Santa Helena, mãe do imperador romano Constantino, o primeiro a converter-se ao cristianismo e dar liberdade à religião cristã. Flávia Júlia Helena (c.250-c.330) nasceu plebeia, possivelmente na província romana da Bitínia (atualmente em território turco), e tornou-se esposa do futuro imperador Constâncio Cloro (r.293-306) e mãe do futuro imperador Constantino Magno (r.306-337). Foi afastada por seu marido para que este assumisse um novo casamento de conveniência com a filha de um de seus aliados políticos, mas novamente chamada à corte imperial quando seu único filho chegou ao poder; recebeu então ela mesma o título de Augusta e a própria efígie sobre as moedas. Cristã desde um período muito recuado de sua vida, possivelmente nascida em uma família de cristãos, Helena cercou-se de conselheiros eclesiásticos e decerto influenciou seu filho no sentido de favorecer esta religião. Tornou-se célebre por suas atividades assistenciais, e, depois do Édito de Tolerância de 313, por haver promovido a construção de novas igrejas tanto em Roma quanto na Palestina e na nova capital imperial que então se edificava, Constantinopla. Nos anos de 326 a 328, a imperatriz empreendeu uma longa peregrinação à Palestina para localizar as relíquias da tradição judaico-cristã e expô-las aos fiéis; trata-se esse de um episódio importante na história da devoção e das relações entre o cristianismo e o Estado Romano. O culto de Helena como santa difundiu-se rapidamente tanto no Oriente quanto no Ocidente, muitas vezes associado ao de Constantino; as estórias a ela associadas encontram-se presentes nas mais diversas tradições cristãs de origem apostólica, e tornaram-se modelo de vida para gerações de leigas dedicadas à construção, neste mundo, de um certo modelo de sociedade cristã. O objetivo da presente aula é recuperar alguns dados históricos sobre Helena, assim como algumas informações referentes ao seu contexto e anedotas hagiográficas que, lhe sendo associadas, indicam seu significado na história do cristianismo.

Quando: 14 de agosto, terça-feira, das 14 às 17h

Onde: Centro Loyola de Fé e Cultura, Estrada da Gávea, n. 1, Gávea - Rio de Janeiro / RJ (mapinha: https://tinyurl.com/ya7gdmvg)

Investimento: Evento gratuito, mas com vagas limitadas por ordem de inscrição

Página oficial do evento: https://tinyurl.com/yb94epmu