sábado, 28 de março de 2015

Comunicação no Vertentes do fantástico no Brasil: tendências da ficção e da crítica (SEPEL/UERJ): Ambiguidades do catolicismo no gótico americano: Ar frio (1926) e O assombro nas trevas (1935), de H. P. Lovecraft


Nos dias 30 de março a 1º de abril, segunda a quarta-feira da próxima semana, irá ocorrer na Universidade do Estado do Rio de Janeiro o Vertentes do fantástico no Brasil: tendências da ficção e da crítica, evento que reúne em seu âmbito o VI Encontro Nacional O insólito como questão na narrativa ficcional e o XIV Painel de reflexões sobre o insólito na narrativa ficcional. O evento, realizado pelo Seminário Permanente de Estudos Literários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, contará, entre conferências, grupos de trabalhos e sessões de comunicações livres, com a reunião de dois Simpósios Temáticos promovidos pelo Grupo de Pesquisa Estudos do Gótico: o As faces do gótico do Brasil (ST1) e o As faces do gótico no mundo (ST2). No âmbito deste segundo, apresentarei na sessão de comunicações a ser realizada na segunda-feira, dia 30/03, das 13h às 15h, o trabalho Ambiguidades do catolicismo no gótico americano: Ar frio (1926) e Assombro nas trevas (1935), de H. P. Lovecraft, cujo resumo apresento a seguir.

A programação e caderno de resumos do evento encontram-se disponíveis em http://migre.me/pcB4w. Para os que se interessam pelo tema e precisam de certificado, as inscrições como ouvintes podem ser feitas no correr do próprio encontro, que é talvez o maior painel nacional do que vem sendo realizado neste campo de estudos. Se alguém se interessa pelo tema, mas não precisa do certificado, bem, então simplesmente sê bem-vindo por lá.

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Título: Ambiguidades do catolicismo no gótico americano: Ar frio (1926) e O assombro nas trevas (1935), de H. P. Lovecraft

Resumo: Entre outras coisas, o romance gótico surgiu e lançou fortes raízes no ambiente criado pela propaganda anticatólica nos países reformados do Norte da Europa, supondo desde os seus primeiros exemplares uma representação hierarquizada que situa o temível nos tempos (a Idade Média), espaços (a Espanha, a Itália, a Europa Oriental) e instituições (o castelo feudal, o mosteiro, a inquisição) associados no imaginário moderno à Igreja Romana. Tal traço constitutivo desse tipo de literatura desenvolveu-se de modo muito particular nos EUA, onde a ele se somou na segunda metade do século XIX e na primeira do XX a identificação do católico com a figura do imigrante irlandês ou mediterrânico. Isso não quer dizer que, em sua continuidade, a representação do catolicismo na literatura gótica não se tornasse eventualmente mais ou menos ambígua. A partir de tais considerações preliminares, o objetivo deste trabalho é tecer uma reflexão sobre a representação das devoções e instituições católicas na obra de Howard Phillips Lovecraft (1890-1937), que, ao criar sua mitologia de horror cósmico, foi um importante leitor e recriador do gênero gótico. Para tanto, irá se tomar como objetos de análise dois de seus contos, Ar frio (1926) e O assombro nas trevas (1935), propondo como um possível contexto de leitura para estas peças o contato de Lovecraft com o romance O fauno de mármore (1860), a estória italiana de Nathaniel Hawthorne. Com isto se quer fazer uma pequena contribuição ao campo de pesquisa aberto pelo debate entre S. T. Joshi e Robert M. Price a respeito do papel da religião na obra de Lovecraft, um pouco ao modo do estudo exploratório de Ian Almond sobre a representação do Islã nos escritos desse autor.

Formato: comunicação oral

Quando: 30/03 (segunda-feira), das 13h às 15h

Onde: Sala 4, bloco D, UERJ, s.n., Maracanã - Rio de Janeiro / RJ

Investimento: atividade gratuita (requer inscrição como ouvinte e pagamento de taxa correspondente para os que desejarem participar de outras atividades do evento)

quarta-feira, 11 de março de 2015

Minicurso na 1ª Semana de História (UVA): Introdução aos antigos cristianismos africanos


Nos dias 17 a 19 de março acontecerá a 1ª Semana de História da Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Campus Tijuca dessa instituição. No âmbito deste evento, oferecerei nas manhãs dos dias 18 e 19, quarta e quinta-feira, o minicurso Introdução aos antigos cristianismos africanos. A inscrição para assistir a essas aulas pode ser feita previamente, por contato depósito bancário e contato por e-mail, ou no local, a um custo de R$ 10 para alunos ou ex-alunos da UVA e de R$ 20 para ouvintes externos. As aulas ocorrerão nos dois dias das 9h30 às 12h30 e será concedido certificado de participação àqueles que estiverem presente em ao menos 75% da exposição.

A programação completa do evento pode ser consultada em http://migre.me/oYlIb, e sua página no Facebook é http://migre.me/oYlJc.

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Título: Introdução aos antigos cristianismos africanos

Formato: minicurso (2 aulas, totalizando 6 horas/aula)

Proposta: A ideia de uma contraposição dura entre cristianismo e religiões de matriz africana surge, entre outras coisas, de dois pressupostos conexos e historicamente equivocados. O primeiro é o mito de que a religião cristã é pouca coisa mais do que um apêndice ou aparelho ideológico da dominação europeia. O segundo é o de que a expansão ou retração do cristianismo estão intrinsecamente vinculadas à sorte das culturas do Ocidente. Este enquadramento, contudo, distorce amplamente o padrão histórico de crescimento deste movimento religioso ao longo do tempo, principalmente caso se considere o primeiro milênio de sua existência. Ele pode ser dissipado, por exemplo, caso se considere as histórias das antigas igrejas autóctones do território africano, que durante séculos disputaram a preeminência do mundo cristão com as comunidades eclesiásticas da Ásia e da Europa. O objetivo deste curso é fazer uma abordagem sinóptica e introdutória destas experiências religiosas africanas, com a explícita pretensão de borrar alguns dos lugares comuns muito enraizados sobre a história do cristianismo e a história da África.

Programa:

1. “Do Egito chamei o meu filho”: a Igreja Copta e a formação do mundo cristão
2. “A Etiópia cedo estenderá suas mãos para Deus”: a Igreja Etíope e a disputa pela herança israelita
3. “Porquanto tinha casado com uma mulher cusita”: cristãos e muçulmanos no Corredor da África

Quando: dias 18 e 19 de março (quarta e quinta-feira), das 9h30 às 12h30.

Onde: Campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida, Rua Ibituruna, n. 108, Tijuca - Rio de Janeiro / RJ (mapinha: http://migre.me/oYlBl. Ps. O local fica bem próximo à Estação São Cristóvão do Metrô).

Investimento: R$ 10 para alunos e ex-alunos da UVA / R$ 20 para ouvintes externos (a inscrição pode ser feita no local, no credenciamento da Semana de História da UVA, antes do início do curso, ou através de depósito bancário e contato por e-mail, de acordo com instruções constantes em http://migre.me/oYlvS)


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Atualização: Correu tudo bem no minicurso e foi surpreendente (principalmente para mim) ver o quanto de gente se dispôs a passar duas manhãs do meio da semana tratando de saber algo a respeito das antigas experiências cristãs africanas. Espero ter colocado um monte de perguntas na cabeça de todo o povo gentil, paciente e atencioso que apareceu por lá para conversar comigo. No mais, segue o link para o programa e as referências bibliográficas do minicurso, http://migre.me/p77fZ, assim como uma foto do grupo que resistiu comigo na UVA até às 13h de quinta-feira passada.

terça-feira, 3 de março de 2015

Comunicação na 1ª Jornada de Psicologia Social (UNIABEU): Linha, novelo e leque: algumas sinuosidades no relacionamento entre história e memória


Nos dias 16 e 17 de outubro de 2014, o Departamento de Psicologia da Associação Brasileira de Ensino Universitário - Faculdades Integradas (DP/UNIABEU), realizou no seu campus-sede, em Belford Roxo / RJ, a primeira edição de suas Jornada Integradas de Psicologia Social. No dia 16, realizou-se neste âmbito a 1ª Jornada de Psicologia Social, que teve como tema "Memórias, culturas, diversidades" e, pela manhã, a mesa multidisciplinar "O que é memória? O que significa lembrar? O que é esquecer?" Graças ao gentil convite do Prof. Me. Diogo de Souza Nunes, professor da casa, tive a alegria de poder participar dessa mesa, na qual proferi a comunicação que compartilho a seguir. Imagino não ter feito feio representando o olhar particular dos historiadores a respeito da temática posta sob discussão, e fico feliz por ter então estabelecido um interessante diálogo com colegas vindos da Psicologia Social e de outras áreas das Humanidades.

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Título: Linha, novelo e leque: algumas sinuosidades no relacionamento entre história e memória

Formato: online (disponível em http://migre.me/oRvY1)

Investimento: acesso aberto

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