quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Monografia orientada: Glória Maria Mendonça de Souza, "Indumentária bizantina: os fios e as tramas da História" (2016)


Na sequência do compartilhamento das monografias que tive a honra e a alegria de orientar no âmbito de meu trabalho como professor convidado do curso de Pós-graduação lato sensu em História Antiga e Medieval: religião e cultura da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB-RJ), disponibilizo hoje a interessantíssima monografia de Glória Maria Mendonça de Souza sobre indumentária, luxo e poder no Império Romano do Oriente tardo-antigo e medieval. Trata-se de trabalho original e (sem trocadilhos com o tema) muito rico, escrito por pesquisadora que realmente entende do assunto, de modo que vale a pena investir um tempo para dar uma olhadinha nele.

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Autora: Glória Maria Mendonça de Souza

Título: Indumentária bizantina: os fios e as tramas da História

Tipo de trabalho: monografia de especialização em História Antiga e Medieval: religião e cultura

Ano de apresentação: 2016

Resumo: Este trabalho tem como objetivo descrever o surgimento da nova capital do Império Bizantino, tendo como sua primeira idade do ouro o século VI, quando o Estado exerceu o controle absoluto sobre todos os gêneros de atividade, a ênfase no interesse do povo bizantino pela religião e o surgimento da engenharia que destacou os feitos arquitetônicos das igrejas e outros feitos. Dentro deste quadro também se destaca a indumentária bizantina como forma de expressão de poder desta sociedade que usou e abusou da exuberância e se aproveitou da descoberta do segredo da seda para dar início a sericultura em Bizâncio, o que incrementou seu uso e ganho no comércio, desbancando os antigos dominadores deste meio, cuja diversidade étnica ajudou os bizantinos a chegar ao seu estilo próprio, apesar de manter a cultura helenista-grega. Dentro desta temática, a História expõe alguns códigos no modo e uso das roupas e acessórios em pérolas que são referências para a demonstração de uma linguagem e mostra com a iconografia o poder e domínio da religião neste território onde o Imperador era tido com um representante de Deus. Estes fios e tramas funcionaram como forma de comunicação, por ser a indumentária um ato de expressão individual.

Palavras-chave: Poder; Indumentária; Pérolas; Seda.

Tamanho: 35 p.

Endereço para acesso: http://tinyurl.com/j3usson

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Monografia orientada: José Manuel Monteiro Jr., "O movimento neopentecostal: ensaio descritivo e crítico" (2015)


Desde 2014, durante um trimestre por ano (sempre o primeiro ou o segundo), eu sou professor convidado nos cursos de Pós-graduação lato sensu em História Antiga e Medieval: religião e cultura e em Ciências da Religião da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB-RJ). Das diversas atividades que desenvolvo neste âmbito, a que mais me dá alegria é a de poder assumir a orientação de trabalhos de conclusão de curso. De fato, é impressionante como se pode aprender ajudando um/a colega em formação a encontrar o seu próprio veio de investigação e a modular o seu estilo para lidar com ele... Sabe, isso não é exatamente um trabalho fácil, porque, se não tomarmos algum cuidado, acabamos embarcando inteiramente na vibração do especializando, o que não ajuda a ninguém, já que uma dose adequada de objetivação é necessária para se produzir bons textos que se querem analíticos... Mas é recompensador ajudar um trabalho original de pesquisa, ainda que modesto (como deve ser um TCC de Especialização), vir à luz no curto prazo de um semestre. Pode-se trocar muitas boas ideias e fazer amigo/as. É algo que realmente vale a pena, apesar da burocracia meio kafkiana que cerca a coisa toda em alguns momentos.

Desde que conclui minha primeira orientação de monografia - a do trabalho do Pr. José Manuel Monteiro Jr. sobre o movimento neopentecostal no Brasil - penso em uma maneira de compartilhar os trabalhos orientados, sobre os quais eu também me sinto co-responsável. Essa postagem é uma tentativa neste sentido, ainda em uma base experimental. Agradeço ao amigo José Monteiro Jr. por aceitar uma vez mais ser minha cobaia acadêmica, assim como pela paciência, solicitude e boas palavras que reiteradamente tem para comigo. Aprendi mais com esse colega, como professor e como ser humano, em sentido lato, do que seria oportuno escrever aqui; Deus, que tudo sabe, contudo, haverá de recompensá-lo oportunamente em medida muito superior à minha imensa gratidão.

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Autor: José Manuel Monteiro Jr.

Título: O movimento neopentecostal: ensaio descritivo e crítico

Tipo de trabalho: monografia de especialização em Ciências da Religião

Ano de apresentação: 2015

Resumo: A partir de uma descrição do surgimento do neopentecostalismo, propomos um panorama que auxilie na compreensão desse fenômeno. Para tal, tratamos de sua hermenêutica e da tão em voga teologia da prosperidade, esteio doutrinário desse movimento, submetendo-as a uma visão crítica baseada na leitura reformada das Escrituras. O movimento neopentecostal, em plena expansão, é aqui tratado em perspectiva comparativa com o pentecostalismo clássico e as tradições históricas do cristianismo, fazendo emergir consensos e diferenças entre essas vertentes.

Palavras-chave: Neopentecostalismo; Hermenêutica; Teologia da prosperidade; Pentecostalismo.

Tamanho: 44 p.

Endereço para acesso: http://tinyurl.com/zfg2pkr

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Comunicação na 4ª Semana de Egiptologia do Museu Nacional: Relações perigosas: etiqueta, extorsão e debate inter-religioso em dois (des)encontros entre o Papa João de Samannûd e o Emir Abd al-Aziz (685-686 d.C.)


A Semana de Egiptologia do Museu Nacional (SEMNA) é uma atividade promovida desde 2013 pelo Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional (SESHAT), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Arqueologia do Museu Nacional (PPGArq-MN/UFRJ). A SEMNA objetiva reunir pesquisadores da área de Egiptologia oriundos de diversos campos de investigação em um ambiente propício ao debate e à cooperação acadêmica; pretende também ser meio de divulgação do conhecimento especializado sobre o Egito Antigo à comunidade não acadêmica, de forma a promover o desenvolvimento da Egiptologia no Brasil também para além dos muros da universidade, aproximando o grande público interessado dos pesquisadores. Neste ano de 2016, a SEMNA ocorrerá dos dias 28 de novembro a 2 de dezembro; suas atividades, salvo indicação contrária na programação, serão realizadas no Auditório do Horto do Museu Nacional (que fica perto da saída Quinta da Boa Vista da Estação São Cristóvão de trem e metrô). Para se inscrever como ouvinte, há uma taxa de inscrição (simbólica) de R$ 15; as instruções para a realização disto constam em http://tinyurl.com/hjn6sm8

No dia 29/11, das 13h às 15h, terei a feliz oportunidade de participar da mesa de debates Imagem, religião e poder, organizada e coordenada pela Prof.ª Dr.ª Gisela Chapot (PPGArq-MN/UFRJ). Apresentarei o trabalho de título Relações perigosas: etiqueta, extorsão e debate inter-religioso em dois (des)encontros entre o Papa João de Samannûd e o Emir Abd al-Aziz (685-686 d.C.). Todas apresentações de pesquisas feitas durante a SEMNA serão decerto muito interessantes, mas convido de modo especial os colegas e interessados em geral a que apareçam durante a referida mesa de debates; vossa presença muito me honrará.

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Título: Relações perigosas: etiqueta, extorsão e debate inter-religioso em dois (des)encontros entre o Papa João de Samannûd e o Emir Abd al-Aziz (685-686 d.C.)

Resumo: De 677 a 688 d.C. o Patriarca João de Samannûd governou a Igreja Ortodoxa Copta; tratava-se de um período em que se ajustava, dentro de uma relação muito assimétrica de número e capacidade de atuação, um modus vivendi entre os árabes muçulmanos, que haviam entrado no Egito como conquistadores nos anos de 639 a 641, e os cristãos autóctones, divididos de modo então quase inconciliável entre coptas e melquitas – uma cisão de ordem tanto estritamente teológica quanto sociopolítica e linguístico-cultural. De 685 a 705, a região esteve sob o governo do Emir Abd al-Aziz, filho mais novo do Califa Marwan ibn al-Hakam, o quarto dos soberanos omíadas; com este personagem, profundamente empenhado em organizar as receitas da província sob sua responsabilidade através de uma nova política de arrecadação de impostos e de extorsões realizadas contra notáveis da região, o Patriarca João teve uma relação que pode ser classificada, no mínimo, como ambígua. O objetivo desta comunicação é esboçar as variáveis constitutivas desta ambiguidade através da reconstituição e análise de dois de seus encontros – ocorridos nos dois primeiros anos do governo de al-Aziz – e seus desdobramentos, para com isto pensar os termos da relação entre a hierarquia ortodoxa copta e as autoridades muçulmanas durante o primeiro século de domínio islâmico no Egito.

Formato: comunicação em mesa de debates

Quando: 29/11 (terça-feira), das 13h às 15h

Onde: Auditório do Horto, Museu Nacional do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, Rio de Janeiro / RJ

Investimento: R$ 15 (requer inscrição prévia como ouvinte) 



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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Oficinas no Instituto de Pesquisa e Memória Novos: Catolicismo e Islã na África Negra até 1870


Já escrevi em outras ocasiões e lugares, mas reitero: uma das atividades de ensino-aprendizagem que mais alegria eu tenho em realizar são as oficinas no Instituto Pretos Novos (IPN). Na condição de membro do Núcleo de Pesquisas desta casa (NPH/IPN), aí tenho realizado desde novembro de 2014 uma série de oficinas sobre a Etiópia cristã, desde suas origens até o fim do império etíope. Neste mês de outubro, entretanto, graças à  generosa acolhida da Sr.ª Merced Guimarães, presidente do IPN, aí oferecerei duas oficinas inéditas sobre história da religião na África. A primeira, História da Igreja Católica na África Negra até 1870, será no dia 13/10, quinta-feira, às 14h. A segunda, História do Islã na África Negra até 1870, será no dia 19/10, quarta-feira, no mesmo horário de 14h. Ambas realizar-se-ão no Centro Cultural Municipal José Bonifácio (CCJB), localizado na Rua Pedro Ernesto, n. 80, Gamboa (mapinha: http://tinyurl.com/zjbcoqd), e são atividades gratuitas. Para a obtenção de certificado de participação, as inscrições devem ser realizadas previamente no anc@pretosnovos.com.br, mas, para aqueles que se decidirem aparecer apenas na última hora, elas também podem ser feitas no dia e local da oficina, 15 ou 20 minutos antes de seu início.

Convido aos interessados que compareçam a estas aulas abertas, mesmo que apenas em uma delas, e que transmitam este convite aos seus/suas conhecido/as que eventualmente se interessem por tais temas. Estou preparando as oficinas com o maior cuidado e estou certo de que elas serão a todos os participantes um excelente investimento de tempo, além de boa sementeira de novas questões para posterior estudo.



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Atualização: devido a um problema de saúde, que incluiu uma afonia temporária, não pude ministrar a oficina História do Islã na África Negra até 1870, que ficou adiada sem previsão de nova data para acontecer. A oficina História da Igreja Católica na África Negra até 1870, entretanto, aconteceu, contou com boa participação e foi um sucesso. Agradeço muitíssimo aos gentis colegas que se dispuseram a estar por lá para conversar comigo a respeito desta temática. Espero que a crise pela qual vem passando o Instituto Pretos Novos, causada pelo completo descanso de nosso governo com as atividades culturais da cidade do Rio de Janeiro, seja superada brevemente e não tardemos a ter a oportunidade de nos encontrarmos novamente nesta casa.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Mesas de comunicações no Comunicação no XXVI Ciclo de Debates em História Antiga (LHIA-IH/UFRJ): O Mediterrâneo Cristão na Antiguidade Tardia


O Ciclo de Debates em História Antiga é um evento anual promovido pelo Laboratório de História Antiga do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHIA-IH/UFRJ). Desde o seu início, em 1991, o Ciclo de Debates se tornou um locus privilegiado para os pesquisadores brasileiros em História Antiga divulgarem seus trabalhos; seu objetivo primeiro é justamente o de propiciar uma discussão interdisciplinar entre História, Letras Clássicas, Filosofia, Arqueologia, Epigrafia e Antropologia.

Na vigésima sexta edição do Ciclo, que se realizará nos próximos dias 26 a 29, nós do precocemente finado Grupo de Estudos Tardo-Antigo e Medievais (GETAM/FSB) estaremos realizando duas mesas de comunicações (a n. 17 e a n. 18), que ocorrerão simultaneamente no dia 28/9, quarta-feira, das 18h às 19h30, com o tema O Mediterrâneo Cristão na Antiguidade Tardia. Os trabalhos que serão apresentados nestas, assim como os locais de sua realização, encontram-se discriminados no (segundo) cartaz abaixo. A programação completa do evento está disponível em http://tinyurl.com/hpvv9yp. O acesso às suas atividades é franqueado a todos os interessados, e a participação de ouvintes é gratuita.

Eventuais colegas que estejam disponíveis, apareçam por lá na quarta-feira, dia 28, no fim da tarde e começo da noite para papearmos um bocado. Será uma alegria grande recebê-los e ouvi-los também.



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segunda-feira, 27 de junho de 2016

1ª Jornada de História e História da Arte da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro

David Roberts (1796-1864), "Cripta da Igreja do Santo Sepulcro", V. 1 de The Holy Land, Syria, Idumea, Arabia, Egypt and Nubia, Londres, 1842.

Nos dias 14 e 15 de julho próximo irá se realizar a 1ª Jornada de História e História da Arte Sacra da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro. No primeiro dia, quinta-feira, serão apresentadas pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudos Tardo-Antigo e Medievais (GETAM), de formação livre, a partir dos contatos com os alunos oriundos da Pós-graduação em História Antiga e Medieval. No segundo dia, as comunicações estarão a cargo dos alunos da Pós-graduação em História da Arte Sacra.

Organizado de maneira voluntária e contando com comunicações do corpo discente, espera-se que o evento seja uma boa oportunidade para divulgar os trabalhos monográficos e as pesquisas subsequentes nessas Especializações oferecidas pela FSB-RJ, um espaço de debate acadêmico de alto nível e uma sementeira de novas investigações nos campos da História Antiga e Medieval e da História da Arte Sacra.

Todos os eventuais interessados, são bem vindos! A inscrição para os ouvintes é gratuita e deve ser feita nos próprios dias e local do evento; serão emitidos certificados de participação aos que assim desejarem. Outras informações sobre o evento podem ser encontradas em jhistoriaehistoriaartefsbrj.blogspot.com.br.





sexta-feira, 17 de junho de 2016

Palestra na Paulus Livraria: Origem e recepção do livro Confissões, de Santo Agostinho

Philippe de Champaigne (1602-1674), Santo Agostinho, c.1645-1650 (extraída de http://tinyurl.com/h3kzskp. Detalhe).

No dia 1º de outubro próximo, um sábado, das 10h às 11h30, eu irei oferecer na Paulus Livraria uma palestra sobre a gênese e as recepções do livro Confissões, de Agostinho de Hipona. Esta atividade é parte do Café e Debate, um projeto cultural promovido pela Paulus Editora que proporciona oportunidades de aperfeiçoamento pessoal e profissional de fácil acesso.

Para participar da palestra, é necessário inscrição prévia através de e-mail (riodejaneiro@paulus.com.br) ou telefone (021-2240-1303; falar com Yasmine Vieira). Cobra-se um valor (simbólico) de R$ 15 para todos os participantes. A realização da atividade está condicionada à inscrição do quórum mínimo de dez pessoas, e as vagas são limitadas. Na ocasião, vai haver um desconto de 10% em todas as edições do Confissões presentes na loja.

A Paulus Livraria fica na Rua México, n. 111, no Centro do Rio de Janeiro. Se você se interessa pelo tema, inscreva-se e sê bem-vindo para conversar a respeito nessa manhã de sábado. Se conhece alguém que talvez se interesse por ele, por favor, colabore na divulgação do evento. O Confissões é um dos livros basilares da civilização ocidental, além de uma excelente entrada para o fascinante universo da literatura cristã antiga e medieval.

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Título: Origem e recepção do livro Confissões, de Santo Agostinho

Formato: palestra

Quando: 1º/10 (sábado), das 10 às 11h30

Onde: Auditório da Paulus Livraria, Rua México, n. 111 (próximo à Av. Nilo Peçanha), Centro - Rio de Janeiro - RJ

Investimento: R$ 15 (necessidade de inscrição prévia por e-mail - riodejaneiro@paulus.com.br - ou por telefone - 21-2240-1303)


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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Curso de extensão na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro: Introdução à História do Império Bizantino



A partir de 2 de junho próximo, irei oferecer na Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB-RJ) um curso de introdução à história do Império Bizantino. Trata-se de boa oportunidade de conversar um pouco sobre uma civilização ainda muito mal estudada entre nós, unidade sociopolítica que constituiu no decorrer de sua permanência histórica um patrimônio cultural e espiritual imenso, que decerto merece coisa muito mais digna do que a indiferença e o desprezo infelizmente correntes em nosso meio acadêmico carioca e fluminense...

As aulas serão voltadas especialmente para os estudantes de História, de Teologia e de Ciências da Religião, mas também terei grande alegria em acolher todos os outros interessados em tratar desse tema.  As inscrições vão até a véspera do início do curso, mas é imprescindível o preenchimento da pré-inscrição e o pagamento do boleto correspondente à matrícula para garantir uma das vagas. A turmas será aberta caso conte com mais de uma quinzena de inscritos. O curso terá uma carga horária total de dezesseis horas/aula, distribuídas em oito aulas semanais de duas hora cada, e implicam um investimento de R$ 60 (matrícula) mais duas mensalidades de R$ 100.

Peço que os eventuais interessados façam o quanto antes suas pré-inscrições, de modo que possamos garantir a realização do curso. Solicito também a tod@s @s amig@s, colegas e conhecid@s que ajudem a divulgar esse convite em suas redes de contatos, visando alcançar especialmente os potenciais interessados no tema. Desde agora, imensa gratidão pela ajuda nisto!

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Título: Introdução à História do Império Bizantino

Formato: curso de extensão (8 aulas, totalizando 16 horas/aula)

Ementa: Apresentação introdutória da história do Império Romano do Oriente, desde a inauguração de Constantinopla até a conquista da cidade pelos otomanos (séculos IV a XV).

Objetivo: Reconstituir de maneira analítica as linhas gerais da história bizantina, redimensionando a contribuição desta unidade sociopolítica no âmbito da história das civilizações e, dentro desta, de modo especial, da história do cristianismo.

Programa:

1. O surgimento da monarquia cristã e oriental (séculos III-IV)
2. A luta contra os bárbaros e os dissidentes; as igrejas não-calcedônicas (séculos IV-VI)
3. O tempo de Justiniano e Teodora (século VI)
4. A dinastia heracliana e a orientalização do império; o surgimento do Islã (séculos VII-VIII)
5. As dinastias isáurica e amórica; a crise iconoclasta (séculos VIII-IX)
6. A dinastia macedônica; o apogeu do império bizantino; o cisma romano (séculos IX-XI)
7. As dinastias comnena e ângela; Bizâncio e as cruzadas; os estados latinos do Oriente Médio e o império grego de Niceia (séculos XI-XIII)
8. A dinastia paleóloga; a queda do império bizantino (séculos XIII-XIV).
9. A preservação do legado cultural bizantino; primeiros passos do cristianismo eslavo (século IX em diante)
10. A liturgia bizantina; a veneração dos ícones na tradição ortodoxa

Quando: dias 2, 9 e 16, 13 e 30 de junho e 7, 21 e 28 de julho (quintas-feiras), das 10h20 às 12h

Onde: Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro, Rua Dom Gerardo, n. 68, Centro, Rio de Janeiro / RJ (mapinha disponível em http://tinyurl.com/hv5bwzh).

Investimento: R$ 60 (taxa de inscrição) + 2 parcelas mensais de 100,00 (para se inscrever é necessário realizar uma pré-inscrição e solicitar um boleto bancário para pagamento da matrícula em http://www.faculdadesaobento.org.br/pre-inscricao-extensao.aspx. Mais informações podem ser obtidas entrando em contato nos telefones [21] 2206-8310 e [21] 2206-8281 ou no e-mail secretaria@faculdadesaobento.org.br).

Página do curso: http://tinyurl.com/jf6mhnt


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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Artigo publicado na Revista Espaço e Cultura: Hierofanias e territorialidades do cristianismo copta em uma época de transição: a vita do Patriarca Benjamin de Alexandria (622-661)


Foi publicado um artigo de minha autoria na edição de janeiro a junho de 2015 da Espaço & Cultura, revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Espaço e Cultura (NEPEC) do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IGEOG/UERJ). O texto, de título Hierofanias e territorialidades do cristianismo copta em uma época de transição: a vita do Patriarca Benjamin de Alexandria (622-661), é um produto de minha pesquisa de doutorado, e integra o dossiê Religião e símbolos da Espaço & Cultura. A seleção de escritos, organizada pelos professores-pesquisadores Jefferson Rodrigues de Oliveira e Karina Arroyo Cruz de Meneses, ambos membros do NEPEC e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGEO/UERJ), intenciona contribuir para ampliar o conhecimento a respeito das dimensões temporal e espacial da religião, reunindo para isso papers da maior qualidade. Agradeço à querida amiga Karina Arroyo a oportunidade ímpar de enviar uma contribuição a este esforço conjunto de geógrafos e não-geógrafos no sentido de desenvolver e dar visibilidade aos estudos sobre a espaço-temporalidade dos diferentes fenômenos religiosos. Meu texto infelizmente teve de sofrer cortes consideráveis em função do espaço disponível e das normas de formatação do periódico, o que espero, entretanto, que não tenha prejudicado em muito a sua inteligibilidade. Uma ausência forçosa e especialmente sentida foi a dos mapas incluídos na sua primeira versão que, enfim, longe de ser descartada, será reintegrada no corpo de texto de minha futura tese.

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Título: Hierofanias e territorialidades do cristianismo copta em uma época de transição: a vita do Patriarca Benjamin de Alexandria (622-661)

Resumo: Com base na análise da vita do Patriarca Benjamin de Alexandria (622-661) investiga-se a (re)constituição da espacialidade e das interações da Igreja Ortodoxa Copta no período em que o Vale do Nilo passou pela importante transição política que marcou o fim do Egito Romano e a ascensão do Egito Islâmico. Para tanto, destaca-se de modo especial as hierofanias que se fazem presentes neste escrito, constante na História do Patriarcado Copta de Alexandria, texto em que se encontra consignada a memória oficial do cristianismo autóctone egípcio.

Formato: online (disponível em http://tinyurl.com/zhl9xj9)

Investimento: acesso aberto

sábado, 12 de março de 2016

Artigo publicado na Revista Coletânea: Ideólogo ou testemunha? Duas avaliações contemporâneas da pessoa e da obra de Eusébio de Cesareia


Foi publicado um artigo de minha autoria na edição de janeiro a junho de 2015 da Coletânea, revista acadêmica da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro (FSB-RJ), agora disponível online (em http://tinyurl.com/znhf4ma). Esse escrito tem uma pré-história relativamente longa. Foi originalmente apresentado em agosto de 2013, no Simpósio Temático O pensamento dos Padres Orientais e sua influência na história da teologia, coordenado pelo Prof. Dr. Pe. Teodoro Hanicz, OSBM (FASBAM) e reunido por ocasião do 1º Simpósio de Teologia Oriental do Brasil, realizado na cidade de Curitiba, nos dias 27 e 28 de agosto de 2013, na Faculdade São Basílio Magno (FASBAM), ligada à Eparquia São João Batista da Igreja Ucraniana Católica. Retomei o texto durante o ano de 2014, seguindo principalmente as questões que me foram propostas, quando de sua apresentação oral, pelo Prof. Dr. Pe. Massimo Pampaloni, SJ (PIO) - a quem sou muito grato pelas intervenções -, e o enviei para a revista da FSB no começo de 2015, onde, devidamente aprovado e corrigido, ele ficou aguardando a hora de vir a público.

Trata-se de um texto no qual pude fazer o experimento de costurar mais de uma historicidade para refletir sobre as recepções da obra e os juízos referentes à figura de Eusébio de Cesareia (c.260-c.339), autor da primeira História Eclesiástica. Tenho uma relação longa e acidentada com este personagem - que remete pelo menos à minha monografia de graduação, texto que preciso retomar, corrigir e publicar algum dia desses - e descobri, assombrado e aliviado, que estou longe de ser o único com uma história assim. Muito ao contrário, há toda uma tradição de reações de amor e ódio em relação a este homem ambíguo, tradição que permanece bem viva ainda em nossa contemporaneidade, e foi dela que procurei me aproximar de maneira analítica nesse paper. Não sei se atingi o que pretendia ao iniciar o escrito quando o conclui, mas gosto dele de modo particular. Para quem eventualmente se interessar em dar uma olhada no texto, segue o link e outras informações a respeito.

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Título: Ideólogo ou testemunha? Duas avaliações contemporâneas da pessoa e da obra de Eusébio de Cesareia

Resumo: Eusébio foi bispo de Cesareia e realizou sua formação na biblioteca aí fundada por Orígenes. Sua produção intelectual foi notável, estendendo-se a campos muito diversos. Seu trabalho mais importante foi a História Eclesiástica, na qual se dispôs a narrar a trajetória do cristianismo até o tempo de Constantino. Nela praticou um gênero literário diverso dos relatos históricos precedentes. Trata-se de figura ainda controversa, tanto por sua ambiguidade teológica quanto por sua apologia do Império Cristão. O objetivo do presente trabalho é tratar das avaliações sobre Eusébio presentes em dois textos contemporâneos. O primeiro, de Eduardo Hoornaert, considera-o como um retórico que seria essencialmente oposto à tradição profética do cristianismo. O segundo, do Papa Bento XVI, toma-o como um estudioso que soube reconhecer os sinais do amor de Deus na história.

Formato: impresso e online (disponível em http://tinyurl.com/zpgx4th)

Investimento: acesso aberto

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Minicurso no Centro Loyola de Fé e Cultura: A Virgem no primeiro milênio: a figura da Mãe de Jesus entre os cristãos, judeus e muçulmanos


Nos dias 7, 14, 21 e 28 de março próximo, segundas-feiras, das 19h às 21h, eu terei a honra e a alegria de oferecer por iniciativa do Centro Loyola de Fé e Cultura da PUC-Rio um minicurso que tratará das figurações da Virgem Maria, mãe de Jesus de Nazaré, constituídas no primeiro milênio de nossa era no âmbito da interação, dialogal e conflituosa, entre os diversos grupos cristãos e entre estes e as comunidades judaica e muçulmana.

A proposta do curso é explorar como essa personagem foi transformada em pedra-de-toque da teologia e da devoção de importantes correntes do cristianismo em seus primeiros mil anos de trajetória histórica, assim como ela foi lida e (re)apropriada pelos elementos que constituem a sua vizinhança religiosa mais próxima, judeus como muçulmanos. Partindo-se dos dados sobre a Virgem constantes nos evangelhos aceitos como canônicos, pretende-se fazer uma abordagem sinóptica das tradições apócrifas e das reflexões patrísticas sobre sua vida e missão, das polêmicas a respeito de sua castidade e de sua constituição como modelo ideal de feminilidade toda aberta à ação de Deus.

As aulas do minicurso serão voltadas especialmente para os estudantes de História, Teologia e Ciências da Religião, mas também terei grande alegria em acolher todos os demais interessados em ouvir e conversar a respeito deste assunto. Peço que aqueles que se interessem por ele inscrevam-se o quanto antes, de modo que possamos formar uma turma com um quórum mínimo que viabilize a sua efetiva realização... Solicito também aos amigos, colegas e conhecidos que ajudem a divulgar a proposta do curso em suas redes de contatos, visando alcançar especialmente os potenciais interessados na proposta.

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Título: A Virgem no primeiro milênio: a figura da Mãe de Jesus entre os cristãos, judeus e muçulmanos

Formato: minicurso (4 aulas, totalizando 8 horas/aula).

Ementa:  A figura da mãe de Jesus adquiriu grande importância durante o primeiro milênio da trajetória histórica do cristianismo. Sobre ela foram projetadas uma série de expectativas da comunidade de fé que então desenvolvia suas estruturas mais significativas. Maria foi núcleo de controvérsias para definir quais os limites aceitáveis de sua crença e prática religiosa. Ao mesmo tempo em que se cristalizavam os discursos e as formas devocionais a seu respeito em âmbito cristão, no decorrer de um tenso processo de diferenciação da Igreja em relação às comunidades judaicas, por outro lado, a figura da mãe de Jesus marcou também presença no desenvolvimento religioso e cultural do Islã. Este curso objetiva fazer uma apresentação sinóptica de duas etapas da representação de Maria na tradição cristã, destacando os pontos em comum e as diferenças de sua compreensão na literatura e folclore judaico e islâmico. As aulas são voltadas para estudantes de História, Teologia e demais interessados pelo tema.

Programa:

1. “Eis a serva do Senhor”: Maria nos cristianismos originários;
2. “Achou-se grávida do Espírito Santo”: Maria no debate judeu-cristão;
3. “Santa Maria, Mãe de Deus”: Maria nos textos patrísticos;
4. “Refugio-me no Misericordioso”: Maria no Corão e na tradição islâmica.

Quando: 7, 14, 21 e 28 de março (segundas-feiras), das 19h às 21h. (Será emitido certificado para os alunos que frequentarem 75% das aulas)

Onde: Centro Cultural João XXIII, Rua Bambina, n. 115, Botafogo - Rio de Janeiro / RJ (mapinha: http://migre.me/rGiMG. O local fica bem próximo à estação do metrô e há estacionamento gratuito para os alunos)

Investimento: R$ 150,00 (para se inscrever é necessário preencher ficha disponível em http://migre.me/t0Vja, ou mandar um e-mail para scursosloyola@puc-rio.br, informando nome, RG, telefone e o curso do qual deseja participar, e solicitando o boleto bancário para pagamento da taxa. Mais informações podem ser obtidas entrando em contato nos telefones [21] 3527-2011 ou [21] 99479-1442, ou por mensagem inbox para o https://www.facebook.com/centroloyolapucrio)

Página oficial do curso: http://migre.me/t0Vjq


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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Comunicação na 10ª Semana de História Política (PPGH/UERJ): Por vontade de Deus: a investida sassânida de 614-618 no espelho cristão


Na tarde do dia 22 de outubro de 2015, no âmbito do Simpósio Temático Historiografia e Antiguidade: novas perspectivas e abordagens, realizado na 10ª Semana de História Política do Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGH/UERJ), apresentei a comunicação Por vontade de Deus: a investida sassânida de 614-618 no espelho cristão.

Esse texto é o primeiro produto devidamente publicado de minha pesquisa de Doutorado no mesmo Programa de Pós-Graduação, realizada sob projeto que tem como título Os dois primeiros séculos de interações cristão-muçulmanas na "História do Patriarcado Copta de Alexandria". Convido os interessados à leitura, no ansioso aguardo de comentários a respeito.

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Título: Por vontade de Deus: a investida sassânida de 614-618 no espelho cristão

Resumo: Em 614 exércitos persas ocuparam a cidade de Jerusalém. Quatro anos mais tarde tomaram Alexandria, estabelecendo uma ocupação duradoura. Tal campanha, que expôs de modo dramático a fragilidade da autoridade bizantina sobre as províncias levantinas e africanas do Império Romano, implicou danos severos para a infraestrutura religiosa da região, já abalada por mais de um século de violentos conflitos deflagrados por polêmicas teológicas. Pretende-se retomar documentos que tratam dessa investida persa – duas vidas constantes da História do Patriarcado Copta de Alexandria e o relato da invasão de Jerusalém por Antíoco Estratego – para pensar como os invasores foram representados em fontes eclesiásticas.

Formato: online (disponível em http://migre.me/t13bx)

Investimento: acesso aberto

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